Os investigadores da University of Minnesota School of Dentistry, em Minneapolis, compararam os efeitos positivos do ensaio clínico Obstetrics and Periodontal Therapy, no qual as grávidas receberam uma limpeza profunda e tratamentos dentários básicos (tratamento de dentes fracturados de modo moderado a severo ou com abcessos).
Assim, os cientistas escolheram, aleatoriamente, 823 mulheres grávidas com periodontite que receberam uma limpeza profunda, durante a 13ª e a 21ª semanas de gestação. Os investigadores determinaram que 483 grávidas daquele grupo necessitavam também de tratamento dentário essencial, sendo que 351 daquelas mulheres completaram o tratamento recomendado.
Durante o ensaio, enfermeiras obstetras analisaram os registos médicos para monitorizar alvos de efeitos adversos graves. Os autores definiram estas situações como gravidezes que resultaram em nados-mortos ou ocorrências complicadas que não resultaram no término da gravidez, incluindo períodos de hospitalização superiores a 24 horas devido a dores de parto, entre outras.
Em conclusão, segundo os autores, os resultados demonstraram que o «tratamento periodontal e o tratamento dentário básico, administrados entre a 13º e 21º semanas de gestação, não aumentaram significativamente o risco de qualquer efeito adverso». O uso de anestésicos locais ou tópicos também não se revelou associado a um risco aumentado destas ocorrências indesejadas.