Timothy Caulfield, professor e director de investigação do Health Law Institute, na Universidade de Alberta, no Canadá, conduziu uma workshop com o intuito de desenvolver algumas recomendações rigorosas para investigação ética. Os resultados foram publicados na edição de Março da “PLOS Biology”.
«Estes são claramente dias prematuros no campo da investigação sobre o genoma humano, mas a orientação de investigação ética é necessária imediatamente», afirmou Caulfield. «Da maneira crescente como esta investigação está a ser desenvolvida, é necessário que desenvolvamos com cuidado guidelines consensuais, de forma a assegurar que as práticas de investigação ética estejam definidas para todos», acrescentou.
Algumas recomendações-chave incluem o direito dos participantes em retirar o consentimento; os assuntos associados a participantes membros da família e grupos relevantes; e as formas de obter claro consentimento dos participantes para um possível uso futuro dos seus genes.
«Enquanto as tecnologias continuam a desenvolver-se, as actividades de investigação sobre o genoma parecem continuar a aumentar e a expandir-se», contou, ainda, Caulfield.
No entanto, os investigadores admitiram que a política das recomendações utilizada no estudo não abarca apenas assuntos que necessitam de ser considerados. Comercialização, licenças, benefícios de divisão e a possibilidade de discriminar os genes, são outros tópicos que precisam de ser discutidos num futuro próximo.
Guidelines para investigação sobre genoma humano aceleradas por investigadores
Uma equipa mundial, especialista em questões legais, científicas e éticas, criou oito recomendações-chave para estabelecer as necessárias guidelines para a condução de uma investigação sobre genoma humano. A divulgação foi feita através de um press release, da Universidade de Alberta, no dia 26 de Março.