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Alinhadores

Teresa Pinho no Congresso Internacional de Alinhadores: “Aparelhos invisíveis serão o padrão em Ortodontia”

Teresa Pinho no Congresso Internacional de Alinhadores: “Aparelhos invisíveis serão o padrão em Ortodontia”

“Os excelentes resultados obtidos deixam antever que os aparelhos invisíveis serão o padrão adotado para tratamentos ortodônticos”, afirma a especialista em Ortodontia e Odontopediatria Teresa Pinho, em declarações à Saúde Oral no contexto do Congresso Internacional de Alinhadores, a decorrer de 9 a 11 de fevereiro, em Ávila, e em que participa pelo segundo ano consecutivo.

Nesta 8.ª edição, dedicada à Arte, a dentista portuguesa intervém no primeiro dia de trabalhos, sendo uma das oradoras na sessão sobre “Uso de mini-implantes en casos complejos tratados con alineadores”. Para tal, diz ter selecionado um conjunto de casos complexos, “em que se verá a arte da Ortodontia a transformá-los em sorrisos, através do tratamento com com mini-implantes e alinhadores”.

De acordo com Teresa Pinho, “os casos mais complexos requerem um planeamento realista, tendo em conta as limitações biológicas inerentes”. A médica destaca, a este respeito, que “a inovação do digital na Medicina Dentária, em geral, e na Ortodontia, em particular, permite o tratamento das má-oclusões com uma desafiante mudança de paradigma”. Na sua intervenção, salientará que “em pacientes que requerem uma abordagem multidisciplinar, apesar da dificuldade deste tipo de tratamentos, os alinhadores e respetivo planeamento virtual são. sem dúvida. uma ferramenta fundamental para o sucesso destes casos, em que o virtual permite antecipar a comunicação entre diferentes especialistas, de forma mais facilitada e levando a maior previsibilidade”.

A utilização de alinhadores em casos complexos, acrescenta Teresa Pinho, “por requerer movimentos complexos, carece de um tratamento mais sequenciado e controlado, assim como de auxiliares (mini-implantes e aparelhos fixos seccionais), exigindo conhecimentos profundos da ortodontia que jamais deve estar dissociada da técnica”.

Será ainda reforçada pela especialista a mensagem de que “a ancoragem esquelética com mini-implantes é um método adicional para reforçar esses mesmos planos de tratamento mais complexos, permitindo simplificar a mecânica do tratamento, com especial relevância em tratamentos ortodônticos com alinhadores, em que a mecânica-base, isoladamente, não é capaz de alcançar os objetivos conjuntos de estabilidade, funcionalidade e estética”.

Com este congresso – cujo programa é “abrangente e diversificado no seu conteúdo” e contempla “grandes nomes da Ortodontia, nacionais e internacionais” –, “pretende-se potenciar o debate e a partilha de ideias, conhecimento, experiência e projetos entre colegas para uma experiência única e que agregue valor ao dia ao seu dia, realçando o quanto a Ortodontia tem um papel fundamental, não só para o tratamento das má-oclusões, mas, também, para a melhoria biopsicossocial dos nossos pacientes”, salienta Teresa Pinho.

 A propósito da inovação na área dos alinhadores, refere que “quem exerce a profissão com a permanente necessidade de se manter atualizado não fica indiferente às novas tecnologias”. Isto porque permitem “maior eficácia, segurança, e em alguns casos, diminuição do desconforto durante os tratamentos”. A rapidez e precisão do diagnóstico, assim como toda uma envolvência de planeamento digital, “proporcionam uma maior agilização do tratamento ortodôntico e até mesmo no âmbito geral da medicina dentária, levando a maior satisfação dos pacientes”, sublinha.

Segundo Teresa Pinho, “o avanço ortodôntico mais notável na última década foi a introdução dos alinhadores, que promovem movimentos dentários de modo gradual e sequenciado e apresentam vantagens relativamente ao conforto e higiene da cavidade oral, bem como quanto à estética, em comparação a aparatologias mais convencionais”.

O futuro próximo traz uma massificação da utilização da ampliação das imagens tridimensionais em alta resolução, o que “permite uma análise mais rigorosa das má-oclusões, com melhoria do diagnóstico e do plano de tratamento, além de reduzir o número de consultas, melhorando, desta forma, a qualidade do atendimento prestado”. Também a possibilidade de “acoplar CBCT aos tratamentos digitais, que torna o planeamento ainda mais adaptado ao real e aos limites biológicos”, é cada vez mais uma realidade.

A propósito, destaca que “os excelentes resultados obtidos deixam antever que os aparelhos invisíveis serão o padrão adotado para tratamentos ortodônticos”, ressalvando, contudo, que, “não obstante ser esta a grande revolução da ortodontia no seculo XXI, os artigos científicos são absolutamente fundamentais para melhor se perceber qual a melhor abordagem ou caminho a seguir”. Isto porque, defende, “o conhecimento científico é, em essência, uma construção. Algumas repostas de hoje geram novas questões, ideias e novas linhas de investigação”. Resultante desta exponenciação de conhecimento, “quem sai beneficiado é, sem dúvida alguma, o paciente”, conclui.

Teresa Pinho é Professora Catedrática do Instituto Universitário de Ciencia da Saúde (IUCS- CESPU) e investigadora da UNIPRO-CESPU e I3S-UP.

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