Um estudo canadiano explorou as razões para o atraso do diagnóstico de cancro oral. A investigação identificou cinco grupos, com base em dados do registo de cancro de Alberta entre 2005 e 2017, incidindo numa amostra de 34 notas de consulta iniciais (ICN) de doentes com cancro oral e orofaringe, nota a Gaceta Dental.
Na maioria dos casos, o tempo entre os pacientes notarem pela primeira vez os sintomas e perceberem que era um problema de saúde foi demorado, sendo este o principal fator.
Outro fator detetado foi o intervalo em que procuraram ajuda: alguns apenas procuraram ajuda imediatamente, outros entre 14 e mil dias e outros vários anos.
O intervalo para o diagnóstico é o terceiro grupo de fatores, com a falta de conhecimento dos primeiros sinais e sintomas de cancro da cabeça e pescoço, um diagnóstico errado, ou uma escolha inadequada de intervenções e testes médicos contribuírem para isso.
O quarto é o intervalo entre a data de diagnóstico definitivo e o início do primeiro tratamento.
Outros fatores, tais como comportamentos relacionados com a saúde, atraso do sistema e características tumorais, também influenciaram a deteção tardia.
De acordo com os autores do estudo, a tudo isto é acrescentado o desconhecimento por parte do paciente.