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XI Reunião da SPOP debate estado da arte no tratamento de complicações após traumatismos dentários

XI Reunião da SPOP debate estado da arte no tratamento de complicações após traumatismos dentários

A Sociedade Portuguesa de Odontopediatria (SPOP) organiza, a 11 de fevereiro, a sua XI Reunião Anual, a decorrer no Porto, no Auditório da Universidade Fernando Pessoa. Com um tema e um programa científico “transversais às várias áreas da medicina dentária”, o evento pretende abranger não apenas odontopediatras, mas também dentistas generalistas, especialistas e alunos

O estado da arte no tratamento de complicações após traumatismos dentários dá o mote para esta edição, cuja realização estava inicialmente prevista para 2021, mas que, devido à situação pandémica, acabou por ser adiada para este mês, na expetativa de que, “além de um excelente momento de partilha científica, possa também ser um agradável momento de convívio presencial entre todos, descreve a presidente da comissão organizadora, Cristina Cardoso Silva.

De acordo com a também vogal da direção da SPOP, “será apresentado um programa científico de elevada qualidade, com a participação de palestrantes de renome a nível nacional e internacional”, de áreas como a ortodontia, a cirurgia plástica (a propósito dos tecidos extraorais), a peridontologia e a endodontia (próteses e restaurações). “Curiosamente, nenhum é odontopediatra”, comenta Cristina Cardoso Silva, assumindo que o programa da reunião foi pensado desta forma precisamente porque “a odontopediatria aborda praticamente todas as áreas da medicina dentária, mas na sua vertente pediátrica, pelo que os odontopediatras têm sempre muito a aprender com cada área de especialidade”.

Com esta estratégia, a comissão organizadora pretende, ainda, potenciar o alargamento do âmbito dos participantes inscritos no evento, além dos habituais e esperados odontopediatras, aos dentistas generalistas, especialistas e alunos de medicina dentária, explica a responsável.

Saber identificar para saber referenciar

“Tratamento de complicações após traumatismos dentários” é um tema particularmente “transversal”, na medida em que “as situações de traumatismo podem aparecer em qualquer consultório, a qualquer momento”, adianta a odontopediatra, ressalvando que “é muito importante que qualquer médico dentista tenha, pelo menos, o conhecimento-base, já que a sua atuação no imediato pode condicionar o prognóstico e a atuação mais especializada em caso de complicação pós-traumatismo”.

Cristina Cardoso Silva espera que os participantes na XI Reunião Anual da SPOP possam levar para as suas práticas clínicas esse conhecimento-base de cada uma das áreas que vão estar em destaque. Isto porque, “há particularidades que podem fazer diferença significativa em termos de prognóstico a longo prazo”, alerta, acrescentando que “perante determinada complicação pós-traumatismo, o dentista deve saber identificar essas alterações para que, mesmo que não execute o procedimento, saiba referenciar/encaminhar para o dentista especialista, de forma a que o processo possa ser travado atempadamente com o tratamento adequado”.

Um dia intenso de trabalhos

Eugénio Martins dará o pontapé de saída nesta reunião, com uma sessão sobre “Tratamento ortodôntico pré e pós traumatismos dentários”, onde será dada ênfase ao papel da ortodontia na prevenção do trauma oclusal, nomeadamente na má oclusão de classe II com protrusão incisiva em idade pediátrica.

“Técnicas de manipulação e sutura de tecidos para otimizar resultados estéticos” é o tema da sessão seguinte, em que Mário Mendanha partilhará a perspetiva do cirurgião plástico a propósito dos tecidos extraorais, enquanto Paulo Campos apresentará a perspetiva do periodontologista acerca dos tecidos intraorais.

Eugénio Grano de Oro viajará de Madrid até ao Porto para falar aos participantes neste evento sobre “Tratamento endodôntico de complicações após traumatismo de dentes permanentes”. Ao dentista espanhol caberá apresentar e analisar as diretrizes atuais voltadas para a prevenção e tratamento das complicações que possam surgir, do ponto de vista endodôntico, a fim de manter os dentes traumatizados em boca o maior tempo possível.

A penúltima sessão versará sobre “Reabilitação protética com pontes adesivas do tipo Maryland” e conta com a preleção de Pedro Couto Viana. Apoiado em casos clínicos, o médico vai revisitar o conceito das pontes adesivas, fazendo a apologia da introdução de infraestruturas de zircónio preparadas para a adesão, as quais visam, simultaneamente, aumentar a resistência estrutural, facilitar a integração estética e otimizar a capacidade de adesão à estrutura dentária.

A terminar, Carlos Falcão abordará o tema da “Reabilitação de dentes anteriores fraturados em pacientes jovens: uma abordagem conservadora e biomimética”. Nesta apresentação, pretende-se dar a conhecer os resultados das técnicas de estratificação direta, que permitem copiar a anatomia original do dente, bem como as suas caraterísticas óticas e biomecânicas.

 

 

 

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