A elevada prevalência de bactérias resistentes aos antibióticos na cavidade oral pode comprometer o futuro da terapia antibiótica como um adjuvante para o tratamento de doenças periodontais. Foi esta a conclusão que o congresso Sepa Joven 2022, organizado pela Sociedad Española de Periodoncia y Osteointegración (SEPA), chegou.
“A maturação do biofilme oral (placa bacteriana) pode levar a um biofilme disbiótico, que tem fortes associações com patologias como cáries, gengivite ou periodontite. A utilização de antibióticos pode ser necessária como um tratamento adjuvante para a resolução correta das patologias periodontais. Estes tratamentos podem falhar se houver resistência aos antibióticos administrados”, disse o doutorado em Microbiologia no DENTAID Research Center, Alexandre Arredondo, citado pelo site Gaceta Dental.
Perante esta situação, as organizações internacionais salientaram a importância do controlo da resistência antibiótica e das suas causas, como medida essencial para evitar a sua propagação.
As conclusões são o resultado de um estudo realizado na Universidade Autónoma de Barcelona, em colaboração com o DENTAID Research Center, onde foi analisada a resistência da microbiota oral a três das classes de antibióticos mais utilizadas na prática dentária: nitroimidazólicos, macrólidos e β-lactâmicos, juntamente com tetraciclinas.
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