“Un nuevo paradigma en el diagnóstico y eficiencia de los alineadores” deu título à conferência que Armando Dias da Silva levou à Maratona de Casos Clínicos, na 8.ª edição do Congresso Internacional de Alinhadores, que decorreu até 11 de fevereiro, em Ávila. No entender do ortodontista português, este evento tem vindo a comprovar que “trabalhar com alinhadores não é sinónimo de facilidade”.
Um vasto conjunto de conferências, com diferentes formas de aproximação ao diagnóstico e ao tratamento com alinhadores dentários. Esta é, de acordo com o especialista em Ortodontia e antigo presidente da Sociedade Portuguesa de Ortodontia (SPO), Armando Dias da Silva, a grande mais-valia do Congresso Internacional de Alinhadores, evento no qual participa como conferencista pela quarta vez.
“Trata-se de um conceito diferente de congresso, na medida em que tem sempre as múltiplas vertentes da arte associadas”, salienta o médico português, acrescentando que “o ambiente geral é francamente amigável” e assumindo que “é sempre uma enorme responsabilidade [ser conferencista], dado o nível dos restantes conferencistas, bem como os quase dois mil participantes que presentes nesta oitava edição”.
De acordo com Armando Dias da Silva, “o grupo FACE estará presente com sete conferencistas que tratarão de descrever todas as potencialidades do novo sistema FAS de alinhadores”. Na ótica do dentista português, importa que “os participantes retenham que trabalhar com alinhadores não é sinónimo nem de facilidade, nem de deixar de valorizar um extenso diagnóstico e atingir a exigência máxima no grau de finalização e estabilidade dos tratamentos efetuados”.
Já no que respeita à apresentação que o ortodontista luso fará em Ávila, a mensagem-chave é a de que “o diagnóstico comanda o plano de tratamento”, sendo que “o diagnóstico completo em todas as suas perspetivas deve ser exatamente igual, quer o caso seja alvo de tratamento com aparatologia fixa, quer o seja com alinhadores”. Armando Dias da Silva sublinha que “para se alcançar as necessárias estabilidade ortopédica e estética facial e dentária é imprescindível o estudo das articulações temporomandibulares”. Isto porque “sem este estudo – que indica se os côndilos estão estáveis ou não – o sucesso do tratamento poderá estar seriamente comprometido”, explica. É, então, nestes aspetos clínicos, “absolutamente essenciais, mas muitas vezes desprezados”, que assentará a conferência de Dias da Silva.
No que concerne à inovação na área dos alinhadores, o antigo presidente da SPO ressalva que “cada marca tem vindo a lançar pequenas melhorias consistentemente”, sendo “a novidade mais recente a integração das raízes dentárias na visualização do diagnóstico e desenho do tratamento”. Na opinião do especialista, trata-se de “um importante avanço”, na medida em que “é fundamental visualizar quais os limites de movimento radicular passíveis de efetuar, com respeito pelo contexto periodontal e sem o risco de causar fenestrações e/ou recessões”.
Relativamente ao futuro, conclui: “Penso que deverá passar mais por uma consciencialização e valorização profissional dos clínicos, através da realização de cursos credíveis, no sentido de evitar iatrogenias”.